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Diante de uma situação conflitiva, parece que não nos resta outra opção além de sermos levados pela intensidade do momento. Fugir, lutar, vencer… um pêndulo que oscila mais rápido que os melhores pensamentos… medo, ira, fúria… e a reação está completa.

No entanto, existe algo mágico no ser humano, misterioso, esperançoso: nossa capacidade reflexiva, regulatória, que nos permite ir além das re-ações e ter ações pensadas.

Neste terreno fértil da reflexão que antecede a ação, as possibilidades se multiplicam. No entanto, é importante nos mantermos atentos: este terreno também pode ser fertilizado pelas nossas primeiras reações (vingança, culpa, raiva…) e é importante sermos muito sinceros com nós mesmos para esclarecer desde que lugar estou pensando, qual é o combustível do meu pensamento, o que o motiva a ir em frente.

As emoções, o passado, os traumas, não são mandatórios. Existem e nos compõem, mas não são absolutos. Somos capazes de realizar escolhas arraigadas em nossos valores mais profundos, nas crenças do bem maior que sustentam a vida.

Aqui, existe uma intenção. Diante de um conflito, temos a capacidade de escolher a paz; de nos comunicar desde um lugar legítimo de entendimento, dando ao conflito e às entidades envolvidas nele um lugar de reconhecimento, de existência.

É possível proferir palavras, olhares e gestos em uma busca legítima pela paz, sem que nossa visão de mundo e nossos sentimentos sejam sacrificados.

Pelo contrário; Não se trata de escolher entre eu ou o outro, mas de assumir o nós.

No final das contas, são os nós que nos unem,

São os nós que formam a rede que sustenta.